Juros abrem pressionadas após nova ofensiva de Lula sobre BC e meta de inflação

Às 9h07, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 era de 13,72% de 13,64% ontem no ajuste, e a do DI...

Publicado em

Por Agência Estado

As taxas de juros futuros abriram pressionadas na sessão desta sexta-feira, após novas ofensivas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a independência do Banco Central e, principalmente, o nível atual da meta de inflação, que considera baixo para os padrões brasileiros. Do exterior, dados do mercado de trabalho norte-americano, o Payroll, às 10h30, podem indicar o rumo da sessão, após queda na véspera pelo entendimento de que o recado do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) foi mais suave sobre a condução de sua política monetária.

Às 9h07, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 era de 13,72% de 13,64% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 tinha 13,17 de 12,91%. A do DI para janeiro de 2027 exibia 13,05% ante 12,82%.

Na quinta-feira, Lula voltou à carga dizendo em entrevista à RedeTV! ser preciso que o Banco Central persiga uma inflação “padrão Brasil” e não “padrão europeu”. Em renovadas críticas ao objetivo atual do Conselho Monetário Nacional (CMN), o presidente disse que o alvo vigente prejudica o crescimento do País por necessitar de juros altos.

“Uma inflação de 4,5% no Brasil, de 4%, é de bom tamanho se a economia crescer. Agora, você faz uma meta que é ilusória, você não a cumpre, e por conta disso, você fica prejudicando o crescimento do País”, afirmou Lula.

O presidente também sinalizou que pode debater a autonomia do BC após o término do mandato do presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, que fica no cargo até o fim de 2024. “Eu acho que pode haver um projeto sobre o fim da autonomia. Mas veja… eu quero dizer que isso é irrelevante para mim. Isso é irrelevante, isso não está na minha pauta. O que está na pauta é a questão da taxa de juros”.

Na sessão de quinta-feira, as taxas reagiram ao tom mais duro do comunicado do BC na quarta-feira ao mesmo tempo que o Fed se mostrou mais dovish. Os vencimentos mais curtos e, sobretudo, intermediários subiram com força e a ponta longa passou o dia em queda para terminar de lado, refletindo a redução das apostas de corte da Selic e a melhora da perspectiva sobre o ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos.

A mediana do Projeções Broadcast para a taxa no fim do ano passou de 12,50% para 12,75%. De 40 casas, 12 esperam Selic a 13,75% na virada de 2023 para 2024 e uma projeta juro até mais alto, a 14,50%.

Google News

Whatsapp CGN 3015-0366 - Canal direto com nossa redação

Envie sua solicitação que uma equipe nossa irá atender você.


Participe do nosso grupo no Whatsapp

ou

Participe do nosso canal no Telegram

Veja Mais
Sair da versão mobile