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De mal a pior – por Caio Gottlieb

Tanto assim que até entre os próprios aliados do futuro governo sobram duras críticas às duas escolhas....

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Por Caio Gottlieb

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Não é por mero despeito de adversários descontentes com o resultado da eleição que a decisão de Lula de entregar o Ministério da Fazenda e o BNDES a Fernando Haddad e Aloizio Mercadante vem sendo tão mal recebida nos mais diversos meios políticos, empresariais e jornalísticos.

É que os dois são ruins mesmo.

Tanto assim que até entre os próprios aliados do futuro governo sobram duras críticas às duas escolhas.

Haddad é considerado o pior prefeito que São Paulo já teve. Suas seguidas derrotas ao buscar a reeleição e logo depois nas disputas da presidência da República em 2018 e do governo paulista neste ano falam por si só.

Mercadante foi um dos formuladores da desastrosa política econômica do desgoverno de Dilma Rousseff, uma sucessão de descalabros que causou a mais profunda recessão da história do país, da qual ainda não conseguimos nos recuperar plenamente.

Para agravar o problema, ao exibir toda a sua empáfia para esnobar e ironizar as reações negativas do “tal mercado” à nomeação da dupla, Lula demonstra, por ignorância ou malandragem, que despreza os fundamentos básicos de uma economia sólida que qualquer nação precisa construir para crescer e distribuir emprego e renda de forma sustentável.

Inflamada pelo populismo e pela demagogia, a esquerda resiste em aceitar que o “tal mercado” não é um bando de banqueiros, financistas e especuladores ávidos para ganhar dinheiro impondo suas vontades ao país.

O “tal mercado” somos nós, homens e mulheres, jovens e adultos, crianças e idosos. É a população toda.

Como observa o economista Ricardo Amorim, o que move o preço do arroz, a cotação do dólar e o índice da Bolsa de Valores são as nossas decisões pessoais, que, por sua vez, dependem do nível de confiança que temos no futuro.

Sem confiança, os empreendedores pisam no freio, os investidores estrangeiros vão embora, a economia paralisa, o lucro das empresas some, o desemprego aumenta e os recursos para as políticas públicas desaparecem.

O governo eleito vai tomar posse sob a sombra de muitas desconfianças. E parece fazer um esforço enorme, a cada dia, para só aumentá-las.

É o fracasso anunciado.

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