Ih, sujou – por Caio Gottlieb

Em julho de 2005, José Adalberto Vieira, assessor do deputado federal cearense José Guimarães, do PT, foi preso com 100 mil dólares escondidos na cueca e mais 209 mil reais numa maleta de mão.

Bombava na época o famoso escândalo de roubalheira que ficou conhecido como Mensalão, e o episódio precipitou o afastamento do então deputado José Genoíno, irmão de Guimarães, da presidência nacional da sigla.

Passam-se os anos (eu escrevi anos…) e eis que na esteira agora de investigações de desvios de recursos públicos destinados ao combate à Covid-19, o senador Chico Rodrigues, do DEM de Roraima, é apanhado pela Polícia Federal com cerca de 18 mil reais igualmente acondicionados em sua roupa de baixo e outros 15 mil enfiados entre as nádegas.

Para piorar a cena constrangedora, algumas das cédulas (da nova nota de 200 reais) apreendidas nos fundilhos estavam sujas de fezes, não se sabendo ainda se por consequência de um descontrole intestinal momentâneo do parlamentar ou se por costumeiros maus hábitos de limpeza pessoal.

Seja como for, a esta altura dos acontecimentos, políticos ladrões de esquerda e de direita já devem ter aprendido a lição.

Partes íntimas do corpo, definitivamente, não são um lugar seguro e muito menos higiênico para encafuar dinheiro.

Enfim, mais um caso bizarro para enriquecer os anais (ops!) da corrupção no Brasil.

(Leia e compartilhe outras postagens acessando o site: caiogottlieb.jor.br)